Outras duas cidades no estado da Flórida (Tampa e Sarassota) já possuem unidade operacional da marca
Com quase 500 unidades abertas no Brasil, o Chiquinho Sorvetes iniciou seu processo de internacionalização em 2017 nos Estados Unidos. Este ano, deve abrir a terceira loja na cidade de Miami. Outras duas cidades no estado da Flórida (Tampa e Sarassota) já possuem unidade operacional da marca.
Ao invés de exportar o produto do Brasil, a empresa optou por homologar fornecedores locais facilitando o processo de fabricação e distribuição no país americano.
Embora as pessoas achem que o Brasil é o “rei da burocracria”, o empresário Isaias Bernardes de Oliveira, sócio-proprietário do Chiquinho Sorvetes e filho do fundador Francisco Olinto de Oliveira (Sr. Chiquinho), disse recentemente em Cuiabá-MT, que o americano é bem criterioso em todos os processos de abertura e regularização empresarial. “Tivemos que contratar um escritório de advocacia e contabilidade especializado para nos ajudar no processo de internacionalização. Todas as etapas de regularização nos Estados Unidos são vinculadas e não existe o famoso jeitinho brasileiro, é bem exigente por lá”, comenta.
Com relação às adaptações da marca e branding internacional, a empresa de sorvetes deve manter nos Estados Unidos o nome Chiquinho, mas ajustou a palavra “Ice Cream” dando mais destaque nas embalagens e investiu no layout de loja para facilitar o entendimento dos consumidores americanos sobre o ramo de atividade da empresa.
O empresário relatou sua experiência de mercado no início do mês de agosto deste ano, no Fórum Sebrae de Negócios realizado no Centro de Eventos Pantanal em Cuiabá-MT.
O Chiquinho Sorvetes foi fundado em 1980 na cidade de Frutal, no estado de Minas Gerais. Como a maioria dos negócios, também enfrentou dificuldade nos primeiros anos de vida. Devido à insuficiência do mercado consumidor, em 1985 mudou suas instalações para o município de Guaíra, interior de São Paulo.
Na época Isaias, filho do fundador “Chiquinho”, tinha apenas 18 anos e nenhuma experiência no mundo dos negócios, mas com muita vontade e determinação começou a aprender e vencer os desafios.
Estruturação e Expansão
Após 35 lojas, em meados do ano 2000 começou um processo de estruturação da comunicação, melhorando a marca e o visual das lojas, além do sistema de tecnologia e distribuição.
Em 2010 começou a franquear a marca. No ano seguinte, também abriu a primeira loja conceito em São José do Rio Preto-SP com um visual moderno e arrojado.
A partir de então, o Chiquinho Sorvetes começou a crescer exponencialmente ano após ano. Em 2010 (80 lojas), 2011 (112 lojas), 2012 (143 lojas), 2013 (204 lojas), 2014 (269 lojas), 2015 (365 lojas), 2016 (405 lojas), 2017 (432 lojas) e em 2018, tem a expectativa de alcançar entre 480 e 500 lojas abertas.
A rede possui hoje mais de 10.000 funcionários e 120 produtos no mix de combinações de sabores para os consumidores.
O Chiquinho Sorvetes está entre as 50 maiores redes de franquias do país, de acordo com dados da ABF. Ao todo, a marca tem 460 unidades espalhadas pelo Brasil.
A rede também tem um plano de crescimento bastante atrativo para os próximos anos. Segundo o site da marca, a expectativa é que a empresa cresça 81% até o ano de 2020.
Como o crescimento se acelerou nos últimos anos o grupo Chiquinho resolveu criar seus próprios fornecedores estratégicos. “Tínhamos problemas de entrega em logística, projetos de arquitetura, comunicação, tecnologia entre outras coisas. Apesar de termos contratado bons fornecedores eles não conseguiram acompanhar nosso ritmo”, disse Isaias.
Hoje o grupo empresarial também possui a OLP Logística e Armazém, a IB Foods distribuidora, a Bitencourt agência de publicidade, a ITF Tecnologia, a Oca Urbana projetos de arquitetura e o restaurante DAI. As empresas fazem parte da diversificação de negócios e verticalização.
A verticalização do negócio ocorreu sob o ‘guarda-chuva’ da holding CHQ Companhia de Franchising. O empresário explica que com essa mudança estratégica e abertura de empresas próprias para fornecer os serviços para o Chiquinho Sorvetes gerou uma melhoria operacional em todas as fases do processo.
“Os franqueados compram direto da indústria e fazemos a logística de forma mais eficaz. Os projetos de arquitetura que demoravam quase 2 meses ficam pronto em 15 dias. O sistema de tecnologia é adaptado à nossa realidade. A agência de publicidade cuida de forma exclusiva da nossa comunicação. Com a abertura de empresas próprias para serem fornecedores do Chiquinho Sorvetes assumimos mais o controle das operações”, comenta Isaias.
O Chiquinho Sorvetes conquistou selos de excelência da ABF Franchising nos anos de 2013, 2014, 2015, 2016 e 2018.
Mercado e Crescimento de Franquias
A franquia Chiquinho Sorvetes está se consolidando no mercado com a venda de um dos produtos queridinhos do brasileiro: o sorvete.
A Euromonitor International apurou que o mercado de sorvetes brasileiro faturou 14,9 bilhões de reais em 2016, o que representa um crescimento de 5,2% em relação a 2015. O consumo foi de 547,8 milhões de litros do produto. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS) o consumo de sorvete foi de 4,86 litros por pessoa em 2016.
Dentro do mercado de franquias, o segmento também apresenta números positivos. O setor de alimentação é um dos mais fortes no franchising nacional: segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), no primeiro trimestre de 2017 o faturamento das franquias de alimentação cresceu 6% e chegou a 9,935 bilhões de reais. O número de unidades franqueadas também subiu, aumentando em 2%.
Em relação ao mercado geral de franquias, a ABF disse que em 2017 foi registrado crescimento de 8%, atingindo 163 bilhões de reais, resultado positivo se levado em consideração os números da economia: PIB registrado em 1% e IPCA de 2,95%.
O presidente da ABF, Altino Cristofoletti, comentou que grande parte do bom desempenho do setor no ano passado se deve ao trabalho interno realizado pelas redes, que não pararam de investir em geração de emprego, expansão das unidades e conhecimentos em tecnologia e inovação. Mais de um 1,2 milhão de pessoas foram empregadas no franchising brasileiro em 2017.
Se comparado a 2016, o número das unidades franqueadas também registrou aumento, chegando a 145 mil de unidades espalhadas por todo o país. A ABF informou que o país passa por um momento interessante, em que a média de unidades franqueadas por marca é de 50, um resultado expressivo e que demonstra amadurecimento do setor.
“Comparado à média de unidades dos Estados Unidos e ao Japão, o franchising brasileiro está caminhando para atingir tal nível de crescimento e maturidade”, comenta o presidente da ABF. Nos Estados Unidos e no Japão, a média é de 200 unidades por marca.
Altino ressalta que um novo movimento, que se tornará tendência no franchising do país, é o investimento em multifranqueados. “Começam a se estruturar dentro das marcas a presença dos multifranqueados. Queremos investir neste tipo de empreendedor para que sejam experts em gestão das redes brasileiras”, complementa.
Para 2018, a ABF projeta que a economia continuará se estruturando e o faturamento cresça em torno de 9% a 10%. O número de unidades franqueadas deve crescer em 3% e a previsão é que as redes do país permaneçam estáveis e a geração de empregos atinja a meta de 3% durante todo o ano.
Interiorização
O movimento de interiorização, registrado também em 2016, continuou presente em todo o ano de 2017. Diversas marcas impulsionam investimento para as cidades do interior do país, o que permite que o segmento atinja mais de 600 arranjos locais econômicos.
A forte presença de marcas fora das capitais permite que as empresas visualizem pólos importantes em outras cidades, que têm boa estrutura para receber unidades franqueadas diversas.
Inovação
No estudo sobre o progresso de inovação no Brasil, foram avaliadas as condições para ocorrência de inovação nas franquias, o esforço desempenhado pelas marcas entre os anos de 2014 e 2016 e os resultados obtidos a partir da inovação.
Ficou registrado que a maioria das redes de franquia introduziu estratégias de inovação significativas, entre 2014 e 2016. Das 198 empresas que participaram do estudo, apenas 8,2% não introduziram produto ou serviço novo durante estes dois anos. A adaptação de produtos e serviços também foi uma estratégia dominante, em 45% das empresas adotaram.
O marketing, a estética e o desenho dos produtos e serviços foram outras questões que receberam impulsionamento durante o período de análise.
A internacionalização é algo que deve seguir um planejamento estratégico da empresa e todas as etapas legais, além das adaptações nos processos produtivos.
Sua empresa está preparada para atuar no mercado internacional?
Antes de exportar é importante refletir sobre alguns requisitos básicos:
– Atuar no mercado internacional é uma estratégia de ampliação do seu negócio ou apenas uma ocasião temporária para aproveitar a alta do dólar?
– Você consegue aumentar sua produção para atender a demanda externa ou precisa realizar algum investimento em maquinário ou ampliação de equipe?
– Seu produto atende os interesses do consumidor internacional e o preço está competitivo?
– Sua embalagem está adequada ao mercado estrangeiro que pretende atuar?
– Já possui toda documentação e certificações necessárias?
Internacionalização de Pequenos Negócios pelo Sebrae
O Sebrae MT apoia a internacionalização dos pequenos negócios, capacitando, orientando e aproximando os empresários das oportunidades do mercado internacional.
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Fontes: Elaborado por Sebrae MT. Pesquisas: Depoimento Isaias Bernardes de Oliveira, sócio-proprietário do Chiquinho Sorvetes durante Fórum Sebrae de Negócios, edição 2018 (1 e 2 de agosto). Pesquisas complementares: Associação Brasileira de Franchising (ABF), Euromonitor International, Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (ABIS), Guia Franquias de Sucesso.
Maiores informações podem ser obtidas no site www.chiquinho.com.br
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